domingo, julho 11, 2010

Cuba: 167 presos políticos, o número mais baixo em 50 anos

O número de presos políticos cubanos passou de 201 a 167 nos últimos seis meses, a cifra mais baixa desde a revolução de 1959, mas aumentaram a prisões de curta duração, afirmou nesta segunda-feira uma comissão ilegal sobre direitos humanos.
"Trata-se da cifra mais baixa de presos políticos depois da revolução de 1959. Mas isso não quer dizer que a situação dos direitos humanos tenha melhorado, pois, ao mesmo tempo, se reporta uma alta das prisões arbitrárias e curta duração, por algumas horas ou alguns dias", declarou o opositor Elizardo Sánchez à AFP.
"Há uma metamorfose da repressão", segundo ele, com uma média ao mês de uma centena de prisões temporárias. Sánchez preside a ilegal, mas tolerada Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN).Dos 167 presos políticos que foram registrados em 30 de junho passado, 53 são considerados prisioneiros de consciência pela organização Anistia Internacional, segundo relatório semestral da CCDHRN. "A grande maioria dos prisioneiros libertados no curso deste ano foram colocados em liberdade depois de terem cumprido suas penas", segundo a CCDHRN.

Sánchez publica o informe pouco antes da chegada do chanceler espanhol, Miguel Angel Moratinos, nesta segunda-feira a Cuba para impulsionar a mediação da Igreja que busca a libertação de presos políticos e o fim da greve de fome do dissidente Guillermo Fariñas, que corre risco de morte depois de 131 dias de jejum. Moratinos anunciou em Madri que com sua viagem de dois dias espera "apoiar o esforço" do diálogo inédito iniciado há dois meses pela Igreja Católica e o governo de Raul Castro, o qual, a seu ver, trará "resultados positivos" para a situação dos direitos humanos na ilha. Apesar de a visita ainda não ter sido anunciada oficialmente em Havana, diversas fontes afirmaram que além de se reunir com seu colega Bruno Rodríguez, o chanceler espanhol conversará com o cardeal Jaime Ortega, líder da Igreja Católica cubana.

A viagem despertou novas expectativas de libertações em um lento processo que, como primeiro fruto de um encontro de Raul Castro e Ortega em 19 de maio, trouxe até agora a libertação do preso político mais doente, Ariel Sigler, e o traslado de outros 12 a prisões em locais onde vivem suas famílias.
Comentário
Guillermo Fariñas, jornalista de 48 anos, iniciou uma greve de fome em 24 de fevereiro como forma de protesto, exigindo a libertação de 26 presos políticos doentes. A greve foi iniciada um dia depois da morte de Orlando Zapata, um preso que estava há 85 dias de greve de fome. O estado de saúde de Fariñas é grave, devido a um coágulo na jugular - o jornalista está internado desde 11 de março no hospital da cidade de Santa Clara.

Fidel Castro faz primeira aparição pública em quatro anos

O líder revolucionário cubano Fidel Castro fez sua primeira aparição pública desde que ficou doente há quatro anos. Ele visitou um centro de pesquisas, afirmaram um blog e uma página do governo cubano. Fotografias no site estatal www.cubadebate.cu, tiradas por seu filho Alex, mostram Castro, 83, sorrindo e com um semblante saudável conversando com diretores do Centro Nacional de Pesquisas Científicas.

Notícias da visita saíram primeiro num blog pró-governo, onde foram publicadas fotos tiradas com um celular na quais Castro está cumprimentando admiradores enquanto saía do centro de pesquisas. O blog pode ser visto na internet no endereço: (http://bloguerosrevolucion.ning.com/profiles/blogs/fidel-visito -el-centro). A blogueira, Rosa C. Baez escreveu que Castro foi visto fazendo uma visita "surpresa" ao centro na quarta-feira e parou para cumprimentar e "jogar beijos" a um grupo que esperava para vê-lo. "Ele está magro mas tinha boa aparência e de acordo com nosso diretor continua com perfeita saúde mental," disse Baez, cujo blog aparece num site intitulado "blogueiros e correspondentes da revolução."

Nas fotos, Castro, que está com a barba branca, veste uma jaqueta atlética, como tem vestido em quase todas as fotos publicadas desde que ele se afastou da vida pública. Castro tem sido visto apenas em fotografias ocasionais desde que sofreu uma cirurgia de emergência do intestino em julho de 2006 e passou o poder interinamente a seu irmão Raul Castro.

Comentário
A primeira aparição de Castro em quatro anos coincide com a notícia de que o país está se preparando para libertar 52 presos políticos, mantidos desde 2003, quando ele ainda estava no poder. Fidel Castro renunciou à presidência em fevereiro de 2008, e seu irmão, Raul Castro, assumiu depois de votação na Assembleia Nacional.

por Júlia Rodrigues

Governo de Cuba vai libertar 52 presos políticos, diz Igreja Católica

O governo de Cuba vai libertar 52 presos políticos, disse nesta quarta-feira (7) a Igreja Católica do país em um comunicado. Cinco dos presos devem ser soltos nas próximas horas, e os outros 47 em um período entre três ou quatro meses. Seis destes seriam transferidos para prisões mais próximas de suas casas. O governo cubano ainda não confirmou a informação.

Os 52 dissidentes que serão soltos são os que ainda restavam do Grupo dos 75, presos em 2003, na chamada "Primavera Negra". Devido ao caso dos 75 políticos detidos, a União Europeia (UE) impôs sanções a Cuba, levantadas temporariamente em 2005 e definitivamente em 2008 por iniciativa ds Espanha que, nos últimos anos, tentou aproximar Havana e Bruxelas.


A libertação foi comunicada em um encontro do presidente de Cuba, Raúl Castro, com o cardeal Jaime Ortega e o chanceler da Espanha, Miguel Angel Moratinos, segundo documento divulgado pelo Arcebispado de Havana.

O documento afirma que os cinco primeiros libertados vão poder partir rumo à Espanha em companhia de seus parentes.

Os demais também poderão deixar a ilha. A imprensa espanhola menciona que França e Espanha receberiam os presos políticos, enquanto que o Chile se declarou oficialmente disposto a fazê-lo.

Comentário


Se realmente acontecer, essa será a maior libertação desde 1998, quando, após uma visita do papa João Paulo II, 101 presos políticos foram libertados. A libertação poderá ter impactos positivos sobre as relações de Cuba com os EUA e a Europa.


por Júlia Rodrigues

Infra-estrutura Cubana

Educação

A educação é controlada pelo Estado e a Constituição de Cuba determina que o ensino fundamental, médio e superior devem ser gratuitos a todos os cidadãos cubanos e é obrigatória até o 9º ano.
Em
1958, antes do triunfo da revolução, 23,6% da população cubana era analfabeta e, entre a população rural, os analfabetos eram 41,7%. Em 1961 se realiza uma campanha nacional para alfabetizar a população e Cuba torna-se o primeiro país do mundo a erradicar o analfabetismo (Segundo dados do próprio governo). Hoje não há mais analfabetos em Cuba. Segundo o The World Factbook 2007, publicado pela CIA, 99.8% da população cubana, acima de 15 anos, sabe ler e escrever.
De acordo com os resultados obtidos nos testes de avaliação de estudantes latino-americanos, conduzidos pelo painel da
Unesco, Cuba lidera, por larga margem de vantagem, nos resultados obtidos pelas terceiras e quartas séries em matemática e compreensão de linguagem. "Mesmo os integrantes do quartil mais baixo dentre os estudantes cubanos se desempenharam acima da média regional", disse o painel.

Saúde
Em Cuba a prestação de serviços relacionados à saúde é totalmente gratuito para residentes da ilha, o que se espelha em seus indicadores padrão. A taxa de mortalidade infantil abaixo de 5 (probaliblidade de morrer antes dos 5 anos) em Cuba é 7, (índice só superado nas Américas pelo
Canadá, onde é de 6; nos Estados Unidos é 8, e no Brasil 33).
A expectativa de vida ao nascer em Cuba é de 75 anos para os homens e de 79 para as mulheres; nos
Estados Unidos é de 75/80). A mortalidade adulta, de 15 a 60 anos, é em Cuba de 128 para os homens e de 83 para as mulheres, índices só superados, nas três Américas, pelo Canadá e pela Costa Rica (no Brasil é de 225/118)
Em 2006, segundo a Organização Mundial de Saúde, não ocorreu em Cuba nenhum caso de difteria, sarampo, coqueluche, poliomielite, rubéola, rubéola CRS, tétano neonatal, ou febre amarela. Uma pequena pandemia de caxumba iniciou-se em 2004 e ainda não foi controlada; até aquele ano não havia caxumba em Cuba. Houve apenas três casos de tétano comum em 2006 (não relacionados a partos).
A vacinação da população cubana, segundo as estatísticas da UNICEF, desde 1980 atinge índices bastante elevados. Em 2006, 99% da população tomou a vacina BCG, 99% tomou a primeira dose da vacina tríplice DTP1 (difteria, tétano e coqueluche), e 89% tomaram sua terceira dose; 99% da população cubana tomou a terceira dose da vacina contra poliomielite, 96% tomou a vacina contra sarampo e 89% contra a hepatite B.
Estes resultados, obtidos na prestação de serviços de saúde ao povo cubano - que colocam os índices padrão internacionais de Cuba dentre os de países do primeiro mundo - são obtidos com relativamente pouco uso dos recursos econômicos de sua sociedade. Cuba gasta 7,7% de seu PIB em saúde (Estados Unidos 15,3%, Canadá 10%, Brasil 7,5%), com um dispêndio per capita de apenas PPP int.$ 674, enquanto os Estados Unidos gastam em saúde PPP int.$ 6719, o Canadá PPP int.$ 3673 e o Brasil PPP int.$ 674 per capita. PPP int.$ = Dólar internacional, que é o dólar norte-americano ajustado para a equivalência de poder aquisitivo
Em 2010 o país começou a exigir que os visitantes devem obrigatoriamente contratar um plano de saúde.


Religião
O Artigo 8 da Constituição da República estabelece que o Estado reconhece, respeita e garante a liberdade religiosa.
Tradicionalmente, Cuba era um país
católico, mas o número de fiéis tem diminuído. No último censo os católicos praticantes eram 38,8%, os ateus 35,4%, religião yoruba (santeria) 17%, protestantes 6,6%, e os sem filiação/outros 2,2%.

Moradia
Em Cuba 85% das famílias são donas de suas próprias casas - portanto não pagam aluguel - e os 15% restante pagam de aluguel 1 ou 2 dólares mensais, computado em forma de amortização, pois ao final do pagamento do custo de moradia se converte em seu proprietário.
Embora o termo genérico
favela (ou tugurio em espanhol) seja muito raramente empregado para descrever as condições de habitação substandard em Cuba, existem outras formas de sub habitação, (baseadas no tipo de construção, condição de conservação, materiais e tipo de ocupação) que são descritas em Cuba. A maioria das sub habitações cubanas localizam-se em La Habana Vieja, Centro Habana e Antares.
A comparação entre as condições de habitação substandard de Cuba e as
favelas (em inglês slums) de outros países de economia de mercado é complexa e não pode ser feita de forma direta. Um extenso estudo acadêmico, The case of Havana, Cuba, sobre esse assunto consta dos links deste artigo.
Nas economias de mercado a maioria dos pobres vive em favelas, e a maioria dos favelados é pobre. Entretanto em Cuba isto é diferente devido à relativa segurança na posse da residência, a profusão de residências de aluguel muito baixo ou gratuito e a restrição legal aos mercados de moradias e terrenos. Significativamente as pessoas que moram em habitações substandard em Cuba têm acesso à mesma educação, serviços de saúde, oportunidades de trabalho e seguridade social que os que moram no que (anteriormente à revolução) foram os bairros mais privilegiados.
—The case of Havana, Cuba.

Melhoria das condições habitacionais
Em 2003 um projeto internacional, solicitado pelo governo comunista de Cuba à organizações internacionais tais como UNDP, UNEP, UNOPS,
UN-HABITAT, e com a colaboração do governo da Bélgica, nos termos da Agenda 21, visando aumentar a capacidade dos atores locais de conduzir atividades de planejamento e administrações urbanos resultou no estabelecimento de mecanismos de capacitação para atividades de construção e um time nacional foi treinado para dar apoio técnico a times locais, que foram formados.
por Júlia Rodrigues

Geografia de Cuba

Cuba é um arquipélago formado por aproximadamente 4.195 restingas, ilhotas e ilhas. As maiores são a Ilha de Cuba e a Ilha da Juventude, com uma superfície de 2.200 km quadrados.



A longa ilha de Cuba é a maior destas ilhas das
Caraíbas com uma superfície 104.945 km quadrados.
O conjunto do arquipélago cubano, possui uma superfície de 110.860 quilômetros quadrados e uma extensão territorial de 1.200 quilômetros.
Banhada a norte pelo
estreito da Flórida e pelo oceano Atlântico Norte, a noroeste pelo golfo do México, a oeste pelo canal da Península de Iucatã, a sul pelo mar das Caraíbas e a leste pela passagem de Barlavento. A república compreende toda a ilha, incluindo muitas ilhas próximas como a ilha da Juventude, com a excepção da baía de Guantanamo, uma base naval que está alugada aos Estados Unidos da América desde 1903. A ilha de Cuba é a 16ª maior ilha do mundo.
A ilha de Cuba está formada principalmente por planícies onduladas, com colinas e montanhas mais escarpadas situadas maioritariamente na zona sudeste da ilha. O ponto mais elevado é o
Pico Real del Turquino com 2 005 m. O clima é tropical, embora temperado pelos ventos Alísios. Existe uma estação relativamente seca de Novembro a Abril e uma estação mais chuvosa de Maio a Outubro. Havana é a maior cidade e a capital, e Santiago de Cuba e Camagüey são outras cidades importantes.



Clima
Tropical. Existem duas estações: A chuvosa (de maio a outubro) e a seca (de novembro a abril). Há uma média de 330 dias de sol ao ano.
Temperatura
A temperatura média é de 25 graus centígrados
Area Costeira
As costas coralinas ocupam a maior área do arquipélago, existem, também, as costas de falhas no sul dos estados (províncias) orientais. São características, da ilha, as costas baixas e pantanosas e as escarpadas. Os mares que banham as costas do arquipélago são: ao norte e ao leste o Oceano Atlântico, ao sul o Mar Caribe e ao oeste o Golfo do México.
Flora
A flora de Cuba está caracterizada pela sua extraordinária riqueza, encontrando-se em torno de 7.500 a 8.000 espécies, das quais 6.000 são árvores madeireiras e de grande porte. É muito notável que aproximadamente 50% das mesmas são endêmicas.
Fauna
Na fauna de Cuba predominam os invertebrados, 7.000 espécies de insetos, 4.000 de moluscos, e 500 de aracnídeos. O endemismo é notável nos invertebrados, nos vertebrados e nos gêneros de uma só espécie muito localizados, exemplos: a “fermina” e o “almiquí”. A reiteração do nanismo é outra característica da fauna cubana, onde habita a rã, o morcego, aves e o menor escorpião do mundo.
por Júlia Rodrigues

Economia e Turismo de Cuba

Economia

O país agora está lentamente se recuperando de uma séria recessão econômica que se seguiu à retirada dos subsídios da antiga União Soviética (cerca de 4 a 6 bilhões de dólares anuais em 1990). Só em 2006 o povo cubano conseguiu recuperar quase o mesmo padrão de vida do final da década de 1980, e a economia de Cuba ainda hoje sofre as consequências do rígido embargo comercial, imposto pelos Estados Unidos desde 1962. De acordo com as autoridades cubanas, o embargo norte-americano teria causado uma perda de mais de 79 bilhões de dólares à sua economia.
Apesar disso o índice de pobreza de Cuba era o sexto menor em 2004 dentre os 102 países em desenvolvimento pesquisados (de acordo com a Pnud, organismo da ONU)
, e Cuba está entre os 83 países do mundo que ostentam um alto Índice de Desenvolvimento Humano (acima de 0,800); em 2007 o IDH de Cuba foi 0,863 (51° lugar - 44º se ajustado pelo PNB).
Em 2006 o crescimento econômico de Cuba, segundo as últimas estimativas da
CIA, foi de 11,1% (estimativa), e segundo a estimativas da CEPAL o PIB cubano pode ter crescido 12,5% (estimativa). A produção industrial cresceu 17.6% em 2006, pela estimativa da CIA. A renda per capita dos cubanos atingiu US$ 4.100 em 2006.
O embargo comercial imposto a Cuba pelos
Estados Unidos, desde 1962, dificulta enormemente a expansão do comércio exterior cubano. Mas Cuba tem conseguido atrair alguns investimentos estrangeiros, cerca de metade deles feitos pela União Européia; grandes investimentos têm sido feitos nas áreas de turismo, energia e telecomunicações. Em meados de 2007 o presidente em exercício, Raul Castro, anunciou novas medidas para incentivar os investimentos estrangeiros em Cuba.
O governo cubano tem criado novas leis, e aumentando a fiscalização, para regulamentar a criação de novos negócios particulares. Atualmente 22% do PIB de Cuba é gerado por negócios particulares. As atividades que podem ser realizadas por particulares são oficinas, pequenos negócios, e prestação de alguns serviços.
Seu
PIB é de 51 bilhões de dólares (2007).

Turismo

O turismo em Cuba obteve um crescimento exponencial desde 1989, quando apenas 270.000 viajaram à ilha caribenha. Em 1990, Cuba recebeu a visita de cerca de 342 mil turistas estrangeiros, e dispunha de aproximadamente 12 mil apartamentos de hotel adequados ao turismo internacional. Em 1999 Cuba já recebeu 1,6 milhão de turistas, o que representou um crescimento médio anual de 19% no número de visitantes durante a década de 1990, e já contava com 32.260 apartamentos de hotel de classe internacional. Em 2003 Cuba recebeu 1,9 milhões de turistas, que geraram US$ 2 bilhões em receitas. Em 2005 Cuba recebeu seu recorde de 2,3 milhões de turistas, o que representou um incremento de 13,2% em relação a 2004. Em 2006 a receita com turismo bateu o recorde, atingindo US$ 2,4 bilhões, mas houve uma pequena queda no número de visitantes, que somaram 2,2 milhões. Em 2007 o Ministro do Turismo, Manuel Marrero, divulgou uma série de medidas tomadas para tornar o turismo cubano mais competitivo no Caribe.
O turismo de massa foi uma das formas encontradas para contornar a crise ecônomica, e hoje é a principal fonte de divisas do país. Estimativas feitas pela World Tourism Organization indicam que, caso tivesse sido levantado o embargo norte-americano, em 2007 cerca de 4 milhões de turistas poderiam ter visitado Cuba, representando uma fatia de mercado de 15,9% do turismo na região do Caribe. Esse turismo poderia gerar uma receita direta de US$ 7,5 bilhões, e geraria uma produção adicional, no resto da economia cubana, de US$ 7,650 milhões. A atividade turística já dá emprego a cerca de 268.000 cubanos, sendo 138.000 em empregos diretos (dos quais cerca de 20% de nível universitário), e 130.000 indiretos.
por Júlia Rodrigues

Política de Cuba

Cuba é uma república socialista, organizada segundo o modelo marxista-leninista (partido único, sem eleições diretas para cargos executivos, ou imprensa livres), da qual Fidel Castro foi o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e o presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros (presidente da República), e que governou desde 1959 como chefe de governo e a partir de 1976 também como chefe de estado e comandante em chefe das forças armadas. Fidel afastou-se do poder em 1 de agosto de 2006, pela primeira vez desde a vitória da insurgência, por problemas de saúde. Seu irmão, Raúl Castro, assumiu interinamente as funções de Fidel (secretário-geral do Partido Comunista Cubano, comandante supremo das Forças Armadas e presidente do Conselho de Estado), exercendo-as até 19 de fevereiro de 2008 nessa condição, quando Fidel Castro renunciou oficialmente.

Raúl Castro foi eleito novo presidente de Cuba no dia 24 de fevereiro de 2008 em eleição de candidato único.
A política dos Estados Unidos para Cuba está permeada por grandes conflitos de interesses que remontam ao governo de
Thomas Jefferson, na primeira década do século XIX. As relações conflituosas aprofundaram-se com a Revolução Cubana de 1959, em que os revolucionários encabeçados por Fidel Castro Ruz promoveram reformas estatais de cunho socialista que desagradavam os Estados Unidos naquele contexto da Guerra Fria. Moniz Bandeira (1998, p. 14)

A
Revolução Cubana (1959), liderada por Fidel, teve apoio generalizado, até das pessoas que não eram ideologicamente esquerdistas, pois muitos pensaram que os princípios dos revolucionários eram a soberania popular, já que isso foi o que eles reivindicaram no Manifiesto de Montecristi. Em 1º de dezembro de 1961, no entanto, Fidel declarou-se marxista-leninista e estabeleceu acordos com a União Soviética.

"Eu tinha a maior vontade de entender-me com os Estados
Unidos. Até fui lá, falei, expliquei nossos objetivos. (...) Mas os bombardeios,
por aviões americanos, de nossas fazendas açucareiras, das nossas cidades; as
ameaças de invasão por tropas mercenárias e a ameaça de sanções econômicas
constituem agressões à nossa soberania nacional, ao nosso povo”.


Fidel Castro, a Louis Wiznitzer, enviado especial do GLOBO a Havana, em entrevista publicada em 24 de março de 1960.

Para se defender, Fidel buscou apoio do líder soviético na época, Nikita Khrushchov, com quem iniciou conversações em 6 de fevereiro de 1960, estabelecendo relações diplomáticas formais com a União Soviética em 8 de maio desse ano. A União Soviética se comprometeu a adquirir cinco milhões de toneladas de açúcar produzidas em Cuba, a facilitar a aquisição de petróleo e cereais, prover crédito e passou a dar cobertura militar à defesa da ilha. Por outro lado, em 17 de março de 1960, o presidente Dwight Eisenhower aprovou oficialmente, e divulgou publicamente, um "plano anti-Castro", criando embargos comerciais ao livre comércio do açúcar cubano, e à sua importação de petróleo e armamentos, e lançou uma propaganda anti-Castro. O plano de Eisenhower incluía incentivos para os exilados cubanos de Miami tentarem derrubar Castro através de ações terroristas. Na sua campanha presidencial Kennedy acusou as políticas de Nixon e Eisenhower de "negligência e indiferença", e de terem colaborado para que Cuba entrasse na cortina de ferro.

por Júlia Rodrigues

História de Cuba

População nativa
As escavações arqueológicas, dos dados históricos e a toponímia do país indicam que Cuba era povoada por varias etnias e culturas, principalmente pelos chamados índios siboneyes e taínos que pertenciam a tribos de agricultores e oleiros.
A conquista e a colonização trouxeram como conseqüência seu extermínio, entretanto, seus traços físicos manifestam-se em alguns membros de famílias isoladas.

Colonização e independência
O domínio
espanhol sobre Cuba durou quatro séculos. No dia 10 de dezembro de 1898 a Espanha, após ter sido derrotada pela invasão americana a Cuba, assinou com os Estados Unidos o Tratado de Paris que põe fim à dominação espanhola na ilha. No dia 1º de Janeiro do ano seguinte, os Estados Unidos estabeleceram um governo militar na ilha.
Durante quase quatro anos os Estados Unidos mantiveram a ocupação da ilha através de um governo militar.
No dia 20 de maio de
1902 foi proclamada a República em Cuba, mas o governo norte-americano, em 1901, tinha convencido a Assembléia Constituinte cubana a incorporar um apêndice à Constituição da República, a Emenda Platt, pela qual se concedia aos Estados Unidos o direito de intervir nos assuntos internos da nova república, negando à ilha, bem como à vizinha ilha de Porto Rico, a condição jurídica de nação soberana, o que limitaria sua soberania e independência por 58 anos.
No dia
1 de Janeiro de 1959 o Exército Rebelde dirigido pelo seu Comandante e chefe, Fidel Castro, derrota o governo que governava o país. É a partir desse momento que Cuba obtêm sua total e definitiva independência em relação aos EUA.
Atualmente, a República Socialista de Cuba é único país
socialista do Ocidente, e um dos poucos países do mundo, como a República Popular da China, República Popular Democrática da Coréia, a República Socialista do Vietnã e o Laos.

por Júlia Rodrigues

Comércio, indústria e o trabalho

A indústria e o comércio da República Dominicana tem como base a agricultura, silvicultura e a pesca. Essas, contribuem para o aumento do PIB (13% em 1996). Outras bases são a mineração, construção e energia (32% no PIB em 1996), o setor de serviços, fica com 55% do PIB.

O turismo é o setor com maior crescimento na economia do país (post abaixo mostra o turismo detalhado). Lembrando-se que o governo trabalha cada vez mais para aumentar a capacidade de geração de energia elétrica, uma chave para o crescimento econômico que continuou, e os de propriedade da empresa elétrica estadual foi finalmente privatizada em 2000.

Mineração de ferro-níquel, ouro, prata e recentemente ultrapassou o açúcar, a maior fonte de receitas de exportação. Produção de alimentos, produtos de petróleo, bebidas, produtos químicos e contribui com cerca de 17 por cento do PIB. Uma crescente parte rápida do setor manufatureiro está ocorrendo em zonas de livre comércio, constituída por empresas multinacionais. Produtos como os têxteis, vestuário, luz e produtos eletrônicos destinados à exportação são montados. Indústrias localizar nessas zonas porque elas são autorizadas a pagar baixos salários para actividades de trabalho intensivo, também, o governo concede isenções Dominicana de impostos e taxas sobre as exportações.

Divisão do trabalho: A República Dominicana é o maior local-mundo quarto de zonas de livre comércio, e muito do trabalho industrial da nação ocorre lá. A maioria são de montagem e trabalhadores da fábrica que produz eletroeletrônicos, jóias, móveis, roupas e sapatos para exportação. No entanto, as zonas de livre comércio criou mais postos de trabalho necessários e trouxe mais avançada tecnologia para a ilha. As empresas pagam aluguel e utilidades de compra e abastecimento.

Na maioria das fazendas de cana, condições de trabalho são terríveis, e os dominicanos são muito orgulhosos de trabalhar para esses baixos salários. As empresas contratam os haitianos para trabalhar nos campos de doze a quinze horas por dia. Os trabalhadores são tão jovens quanto oito anos de idade. Não há cozinha e instalações sanitárias.

por Nayara Andrade

Gastronomia da República Dominicana

A cozinha da República Dominicana é predominantemente composto por uma combinação de espanhóis , indígenasTaíno , e Africano influências, o primeiro e último ocorrendo ao longo dos últimos cinco séculos.


A cozinha Dominicana se assemelha a de outros países na América Latina , os das ilhas vizinhas de Puerto Rico eCuba , acima de tudo, embora os nomes prato diferente, às vezes.

Pequeno-almoço pode consistir de ovos ou carne e Mangu purê de banana da terra. A versão usa heartier fritada de carne, como salame Dominicana. Queijo é outro acompanhamento popular.

Tal como em Espanha , a maior a mais importante refeição do dia é o almoço. Sua forma mais típica, apelidado deLa Bandera ("A Bandeira") consiste em arroz, feijão, carne (bovina, frango, porco ou peixe) e salada.

Todos ou quase todos os grupos alimentares são acomodados em Dominicana, cozinha típica, uma vez que incorpora carne ou frutos do mar, cereais, principalmente arroz, milho e trigo, legumes, como feijão e outrasleguminosas , batata, mandioca ou banana, salada e laticínios; produtos, principalmente leite e queijo e frutas, como laranjas, bananas e mangas. No entanto, não é o mais pesado consumo de amido e carnes, e menos produtos lácteos e vegetais não-amiláceos.

Refogado , uma mistura de ervas salteados local e especiarias, é utilizado em muitos pratos. Ao longo da costa sul-central bulgur , ou trigo integral é um ingrediente principal em Quipes e tipili , dois pratos trazidos por LevantineOriente Médio imigrantes. Outros alimentos favoritos e pratos incluem chicharrón , pastelitos ou empanadas , batata, pasteles en hoja (terra bolsos raízes), chimichurris , maduros plátanos(banana madura), e tostones.

Taíno pratos incluem:

pratos espanhóis incluem:

Africano pratos incluem:

Alguns outros alimentos incluem:

Algumas bebidas favoritas são:

por Nayara Andrade