domingo, julho 11, 2010

Infra-estrutura Cubana

Educação

A educação é controlada pelo Estado e a Constituição de Cuba determina que o ensino fundamental, médio e superior devem ser gratuitos a todos os cidadãos cubanos e é obrigatória até o 9º ano.
Em
1958, antes do triunfo da revolução, 23,6% da população cubana era analfabeta e, entre a população rural, os analfabetos eram 41,7%. Em 1961 se realiza uma campanha nacional para alfabetizar a população e Cuba torna-se o primeiro país do mundo a erradicar o analfabetismo (Segundo dados do próprio governo). Hoje não há mais analfabetos em Cuba. Segundo o The World Factbook 2007, publicado pela CIA, 99.8% da população cubana, acima de 15 anos, sabe ler e escrever.
De acordo com os resultados obtidos nos testes de avaliação de estudantes latino-americanos, conduzidos pelo painel da
Unesco, Cuba lidera, por larga margem de vantagem, nos resultados obtidos pelas terceiras e quartas séries em matemática e compreensão de linguagem. "Mesmo os integrantes do quartil mais baixo dentre os estudantes cubanos se desempenharam acima da média regional", disse o painel.

Saúde
Em Cuba a prestação de serviços relacionados à saúde é totalmente gratuito para residentes da ilha, o que se espelha em seus indicadores padrão. A taxa de mortalidade infantil abaixo de 5 (probaliblidade de morrer antes dos 5 anos) em Cuba é 7, (índice só superado nas Américas pelo
Canadá, onde é de 6; nos Estados Unidos é 8, e no Brasil 33).
A expectativa de vida ao nascer em Cuba é de 75 anos para os homens e de 79 para as mulheres; nos
Estados Unidos é de 75/80). A mortalidade adulta, de 15 a 60 anos, é em Cuba de 128 para os homens e de 83 para as mulheres, índices só superados, nas três Américas, pelo Canadá e pela Costa Rica (no Brasil é de 225/118)
Em 2006, segundo a Organização Mundial de Saúde, não ocorreu em Cuba nenhum caso de difteria, sarampo, coqueluche, poliomielite, rubéola, rubéola CRS, tétano neonatal, ou febre amarela. Uma pequena pandemia de caxumba iniciou-se em 2004 e ainda não foi controlada; até aquele ano não havia caxumba em Cuba. Houve apenas três casos de tétano comum em 2006 (não relacionados a partos).
A vacinação da população cubana, segundo as estatísticas da UNICEF, desde 1980 atinge índices bastante elevados. Em 2006, 99% da população tomou a vacina BCG, 99% tomou a primeira dose da vacina tríplice DTP1 (difteria, tétano e coqueluche), e 89% tomaram sua terceira dose; 99% da população cubana tomou a terceira dose da vacina contra poliomielite, 96% tomou a vacina contra sarampo e 89% contra a hepatite B.
Estes resultados, obtidos na prestação de serviços de saúde ao povo cubano - que colocam os índices padrão internacionais de Cuba dentre os de países do primeiro mundo - são obtidos com relativamente pouco uso dos recursos econômicos de sua sociedade. Cuba gasta 7,7% de seu PIB em saúde (Estados Unidos 15,3%, Canadá 10%, Brasil 7,5%), com um dispêndio per capita de apenas PPP int.$ 674, enquanto os Estados Unidos gastam em saúde PPP int.$ 6719, o Canadá PPP int.$ 3673 e o Brasil PPP int.$ 674 per capita. PPP int.$ = Dólar internacional, que é o dólar norte-americano ajustado para a equivalência de poder aquisitivo
Em 2010 o país começou a exigir que os visitantes devem obrigatoriamente contratar um plano de saúde.


Religião
O Artigo 8 da Constituição da República estabelece que o Estado reconhece, respeita e garante a liberdade religiosa.
Tradicionalmente, Cuba era um país
católico, mas o número de fiéis tem diminuído. No último censo os católicos praticantes eram 38,8%, os ateus 35,4%, religião yoruba (santeria) 17%, protestantes 6,6%, e os sem filiação/outros 2,2%.

Moradia
Em Cuba 85% das famílias são donas de suas próprias casas - portanto não pagam aluguel - e os 15% restante pagam de aluguel 1 ou 2 dólares mensais, computado em forma de amortização, pois ao final do pagamento do custo de moradia se converte em seu proprietário.
Embora o termo genérico
favela (ou tugurio em espanhol) seja muito raramente empregado para descrever as condições de habitação substandard em Cuba, existem outras formas de sub habitação, (baseadas no tipo de construção, condição de conservação, materiais e tipo de ocupação) que são descritas em Cuba. A maioria das sub habitações cubanas localizam-se em La Habana Vieja, Centro Habana e Antares.
A comparação entre as condições de habitação substandard de Cuba e as
favelas (em inglês slums) de outros países de economia de mercado é complexa e não pode ser feita de forma direta. Um extenso estudo acadêmico, The case of Havana, Cuba, sobre esse assunto consta dos links deste artigo.
Nas economias de mercado a maioria dos pobres vive em favelas, e a maioria dos favelados é pobre. Entretanto em Cuba isto é diferente devido à relativa segurança na posse da residência, a profusão de residências de aluguel muito baixo ou gratuito e a restrição legal aos mercados de moradias e terrenos. Significativamente as pessoas que moram em habitações substandard em Cuba têm acesso à mesma educação, serviços de saúde, oportunidades de trabalho e seguridade social que os que moram no que (anteriormente à revolução) foram os bairros mais privilegiados.
—The case of Havana, Cuba.

Melhoria das condições habitacionais
Em 2003 um projeto internacional, solicitado pelo governo comunista de Cuba à organizações internacionais tais como UNDP, UNEP, UNOPS,
UN-HABITAT, e com a colaboração do governo da Bélgica, nos termos da Agenda 21, visando aumentar a capacidade dos atores locais de conduzir atividades de planejamento e administrações urbanos resultou no estabelecimento de mecanismos de capacitação para atividades de construção e um time nacional foi treinado para dar apoio técnico a times locais, que foram formados.
por Júlia Rodrigues

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